Ele enamorou-a aos poucos, devagar foi se aproximando dela. Ela ficou enamorada por ele, deixando florir uma bela amizade que depressa a levou a uma paixão. Os dois deram por si envoltos numa cumplicidade imensa difícil de reverter. Os dois perderam o fio à amizade, não sabendo em que ponto a deixaram.
Ele não foi convidado para entrar na sua vida, mas aos poucos foi fazendo parte dos seus dias. Sem dar conta ela deu por si em busca e a provocar encontros devidamente engendrados. Bem, na verdade só o fez uma vez, pois ele próprio também provocou um ou outro encontro entre os dois. O destino favoreceu em muito esta ligação, e aos poucos o seu coração foi arrebatado.
Quando ele se cruza com ela, parece que ambos entram num campo magnético, em que num raio de alguns poucos metros a força magnética exerce uma atracção entre eles. Ela sente-se puxada na direcção dele, e ele parece aproximar-se dela intensamente. Mesmo quando ela tenta combater aquela atracção e mais se afasta, menor se torna o raio e mais próximo ele se chega. Quando ela menos espera, já ele lhe pegou na mão.
Quando a noite cai os pensamentos tendem em recordar as lembranças de outros tempos, de momentos intensos. Na sua memória um nome é prioritário, momentos a dois são constantemente lembrados. É difícil esquecer tais recordações, é difícil apagar tão momentos bons. O mais difícil é esquece-lo sem nunca perceber a verdadeira razão porque aconteceu. O mais difícil foi ele nunca ter dado uma oportunidade. Ela nunca chegou a sentir-se verdadeiramente apaixonada, ainda assim, sabe que a sua mente criou uma história, de algo que teve início, mas não teve meio nem fim. Algo sem definição existiu entre eles, algo demasiado breve, mas suficiente intenso para deixar marcas. Ela não teve tempo para assimilar, pois quando o descobriu ele já se tinha afastado. De alguma forma, ela sente a história como incompleta, inacabada, sem um fim. Ela só queria um fim, ela só queria sentir que valeu a pena se apaixonar por um rapaz como ele.